Só Amor

O nó na garganta que dói,

As lágrimas que umedecem o olhar...

Uma angustia que me corrói,

Saudades do meu antigo lar!

Não havia vestígios de sombras, noite não havia...

Não havia esta angústia, nem dor...

Havia a alva luz todo dia, sempre dia...

Havia apenas o amor!

Os altos portões sempre abertos,

Como nossos braços pela vida a esperar...

Éramos livres, libertos...

Manifestos no dom de amar!

Não havia trabalho, nem o sacrifício...

Não havia a fome, a peste e o pranto...

Não havia esse doloroso suplício...

Só amor por todo canto!

O som dos lábios eram suspiros,

Os diálogos eram pelo olhar...

A constante música eram os giros,

Do vento sempre a dançar!

Não era o que os olhos viam...

Se bem que tudo preencheria as vistas...

Não era todo bem que viviam...

Nem as surpreendentes visitas!

Havia uma intensa inocência,

Sobre todas as obras da Perfeição...

Nossa única experiência...

Era amor fluindo do coração!

Era o que constantemente sentia,

Que nos moviam, sem nenhum temor...

O sentimento nos satisfazia...

Apenas sentíamos amor!

Fonte de Memórias, São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2007, 21:48:54

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 17/10/2008
Código do texto: T1232942
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