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Sem tempo
Sem tempo para a poesia
Já não tenho nenhum laço,
Essa ausência me angustia
E em cinzas me desfaço.
No palco da alegria
Da ribalta há o palhaço,
Sem riso e sem magia,
No rosto, amargo traço.
Deságuo sem calmaria
Nesta maré de mormaço,
Troco o pão por fantasia
E adormeço de cansaço.
Imploro à Virgem Maria
Que me leve em Seus braços,
Antes que esta agonia
Antes que esta agonia
Tome a ternura por aço.
Não choro noite nem dia,
Indiferente eu me faço.
Estranho a travessia
Que sigo passo por passo.