UM NOVO AMOR
Se a saudade, uma vez fizer morada
Em seu pujante e ardente coração,
Não se amue e nem fique desolada,
Pois a saudade é ingrata e sem razão.
Chega um momento que ela vai-se embora
Da mesma forma indócil que chegou.
Vai silenciosa pelo mundo afora
Atrás de outra alma que também amou.
Espere sem sofrer, sem ansiedade;
O tempo é inexorável, continua
E cura os ais nefastos da saudade
Tão irreal como o dragão da lua.
Quem já sentiu saudade me contou
Que ela termina sem deixar rancor,
Somente bem depois que se encontrou,
Em alegria e paz... Um novo amor!