CARTA À POETISA
Sabe poetisa, gosto muito de te ler
Passo horas me questionando
Se devo fazer entender
E revelar o que estou pensando
Mas não és fácil, poetisa
Passa por mim às vezes sorrir
Outras vezes até pisa
Então quem quer confundir?
Confundir-te não é o meu prazer
É o jeito que tenho para disfarçar
Algo que talvez nem deva perceber
E os outros, nem pensar.
Poetisa, não temos o poder de saber
Quem vai entrar na nossa vida
Se flores em forma de poema alguém te oferecer
Há sentimento não há dúvida
Por isso cara poetisa não desista
Use a arma que tem na mão
Decifre, lute, persista
Desafie sua razão
P.S.: eu não te subestimo
Mas só peço que a partir desse momento
Não sejamos vítimas do destino
Só da nossa inteligência, razão e sentimento.