Suprimindo
Desiste!
Esse tal de amor não existe!
Desiste Alma utópica!
Inocênte e sonhadora!
De ilusões portadora!
Liberta esta carne inóspita!
Se existisse o verdadeiro amor
Não saberias o que é dor!
Não estarias cativa neste corpo descarado
Que vegeta sem rumo...
Que nega prumo...
Que foge ao recusado!
Te proíbo desse vôo insano!
Desse sonho mundano!
Que acrescentará a tua carga mais dor!
Que te fará novamente rendida
Será novamente fraca e reprimida
Suspirando pelos cantos amor!
Não te enganes, demente!
Não te expanda assim livremente!
Não há o que tanto almejas!
Não há essa fonte saciadora!
Não há outra alma salvadora,
Quando te entregas, fraquejas!
Não ouse, pegue o que te resta e fuja!
Não pense ou ficas confusa!
Simplesmente desiste pois será mais um furto!
Te levará o que ainda tens para seguir...
Te deixará ainda mais trapo a prostituir
O que resta nesta sombra em luto!
Alma Nua, São Paulo, 15 de Outubro de 2008, 04: 12