A CULPA É DO MEU EU LÍRICO.
Estes versos tão tristes não brotam de mim,
Vem de um outro que habita, sem permissão,
A casa dos meus pensamentos e meu coração,
Ah, esta consternação dele parece não ter fim.
Está sempre a roubar flores no meu jardim.
Não sei dos seus valores, nem se é cristão,
Mas sei que um dia cansou-se de ser arlequim.
Meu eu lírico resolveu a todas dores dar vazão.
Com ele não há controvérsia, não faço confusão,
Deixo esvair-se de algum lugar na alma, enfim...
Tudo o que cá no peito não perdoa e nem é são.
Não vivo na eterna chuva e nem só de festim.
Estes versos tão tristes não brotam de mim,
Vem de um outro que habita, sem permissão,
A casa dos meus pensamentos e meu coração,
Ah, esta consternação dele parece não ter fim.
Está sempre a roubar flores no meu jardim.
Não sei dos seus valores, nem se é cristão,
Mas sei que um dia cansou-se de ser arlequim.
Meu eu lírico resolveu a todas dores dar vazão.
Com ele não há controvérsia, não faço confusão,
Deixo esvair-se de algum lugar na alma, enfim...
Tudo o que cá no peito não perdoa e nem é são.
Não vivo na eterna chuva e nem só de festim.