Bebo sim...
Bebo sim...
Vivo e morro.
Bebo poesia noite e dia
versos até o gargalo,
bêbado de poema
entrelaço as pernas das letras,
cambaleante tropeço nas ondas
sobrevivente náufrago,
sou dependente consciente
dos extremos das palavras:
amor e dor são cores do poeta.
Morro e vivo.
Bebo poesia dia e noite,
delírio do olhar;
a palavra é brisa a embriagar.