Doces Mentiras
Doces mentiras que tocam a boca...
Promessas inibriantes, loucas,
Que nos arrastam sem que possamos evitar...
Mas essas mentiras,
Com o tempo,
Tornam-se cinzas amargas...
Tiram a alegria,
Passam a desesperar...
De quantas doces mentiras é feito o pretenso amar?
Quantas vezes não enchemos de cinzas a nossa boca?
É só embarcarmos em paixões doidas,
Que a doçura de algumas mentiras
Aos poucos se esvaem...
Quantas doces mentiras se traduzem
Em sentenças?
Especialmente aquelas onde se fala o que se pensa,
Mas quem te escuta, por temer perder,
Resolve responder com alguma doce mentira,
Só pra uma inverdade adoçar...
Levianas mentiras da paixão
Destroem um nascente amar...
E cinzas se tornam conforme o silêncio se ergue,
Sem redenção...
Coração de poeta precisa de compreensão,
Mesmo com doces mentiras que viram cinzas
Que a vida futura irão amargar...
Mas o poeta sempre irá se recuperar...
Se inspira por outras coisas,
Arranja outra inspiração...
E quem tanto adoçou mentiras,
Achando que assim conseguiria garantir seu eterno lugar
Prova o gosto das cinzas...
Não há como evitar.