Doces Mentiras

Doces mentiras que tocam a boca...

Promessas inibriantes, loucas,

Que nos arrastam sem que possamos evitar...

Mas essas mentiras,

Com o tempo,

Tornam-se cinzas amargas...

Tiram a alegria,

Passam a desesperar...

De quantas doces mentiras é feito o pretenso amar?

Quantas vezes não enchemos de cinzas a nossa boca?

É só embarcarmos em paixões doidas,

Que a doçura de algumas mentiras

Aos poucos se esvaem...

Quantas doces mentiras se traduzem

Em sentenças?

Especialmente aquelas onde se fala o que se pensa,

Mas quem te escuta, por temer perder,

Resolve responder com alguma doce mentira,

Só pra uma inverdade adoçar...

Levianas mentiras da paixão

Destroem um nascente amar...

E cinzas se tornam conforme o silêncio se ergue,

Sem redenção...

Coração de poeta precisa de compreensão,

Mesmo com doces mentiras que viram cinzas

Que a vida futura irão amargar...

Mas o poeta sempre irá se recuperar...

Se inspira por outras coisas,

Arranja outra inspiração...

E quem tanto adoçou mentiras,

Achando que assim conseguiria garantir seu eterno lugar

Prova o gosto das cinzas...

Não há como evitar.

Zannah
Enviado por Zannah em 13/10/2008
Código do texto: T1226701
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