O LOUCO E OS MONSTROS

Dizem que monstros não existem

que ele são personagens míticos

presentes nas estórias infantis

ou então em ficção-científica.

Vocês me rotulam de louco

e eu os chamo de trouxa!

Afinal, quem de nós tem razão?

Vocês não sabem o que eles fazem?

Pois eu e qualquer um sabemos muito bem!

Eles fazem críticas destrutivas,

só para acabar com o sujeito;

arremessam crianças pela janela

de um prédio do quinto andar;

arrastam crianças fora do carro

presas a um cinto de segurança;

convocam um exército de aedes aegypti

especializado em dengue hemorrágica,

Para espalhar epidemia, pavor e morte,

numa cidade que se diz maravilhosa;

torram todo o dinheiro público

e deixam o povo passando fome,

sem moradia, saúde e infra-estrutura básica;

eles botam fogo em índio que está dormindo

inocentemente num ponto de ônibus;

violentam sexualmente mulheres e crianças;

matam pais de família, quiçá a família toda;

distribuem drogas para inutilizar nossa juventude;

sentem um prazer incomensurável em destruir

a natureza e concomitantemente o planeta.

Depois vão posar de santinho ou vítima

diante das câmaras de televisão.

Quais são os objetivos deles?

É mostrar para nós o quanto somos insignificantes;

é blindar o nosso coração para que o amor

Não fixe ali sua eterna morada;

é asfaltar o caminho da nossa vida com sangue;

é tirar dos nossos olhos a luz e colocar trevas;

é nos colocar num mundo de pânico;

é disseminar egoísmo, solidão, violência, descrença,

a infelicidade, a ganância, a inoperância e o medo.

E afinal de contas, quem são eles?

Claro que se eu tivesse a certeza absoluta,

levaria todos para um grande estádio de futebol

e os mataria um a um com minhas próprias mãos.

Em vez de gritar com os pulmões: Rai, Hitler!

Eu diria estafado "hasta la vista, babies!"

E depois sem remorso nenhum no meu coração,

iria, talvez contaminado por eles ,

pedir hipocritamente o perdão de Deus.

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 13/10/2008
Código do texto: T1225827