Versos Venéreos.

Versos Venéreos

Pétreas, as lembranças fossilizam-se no espírito

Sombras de monólitos candentes d´outras eras

Vísceras da fera meio-humana : o labirinto

Rútilo recinto mitológico: as artérias

Por vias aéreas, sulfuroso, então, transito

Lépido, contrito, por ladeiras deletérias

Veias que, etéreas, alimentam o homem-mito

Cujo grito aflito ecoa em aflições venéreas

Pútrida, a matéria que, co´a alma entra em conflito

Cria em seu atrito, então, a atroz e vil miséria

Sombra que adultera a luz que gera o Infinito

Féria p´ro maldito, que Algo eternamente espera.

(Djalma Silveira)