EPITÁFIO

Eis que dirá de mim o meu cadáver,
depois de minha morte compulsória,
enquanto ao meu redor farão a festa
os vermes sorrateiros desta terra:


Deixando atrás  de si todas as máscaras,
em plena lividez, perecerá...
Sabendo de antemão do seu destino,
sem nada pra contar, sem salvação,

encerra sua triste trajetória,
aquela que não soube compreender
a nobre poesia e dedicou

seu tempo a vãs palavras, sem sentido.
Chorou porque o amor nunca existiu;
partiu crendo que a letra é ilusória!


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