A queda e a flor
Tropeçou no ego.
O mesmo no qual cresceu.
Tal qual floresceu,
Se calou,
Padeceu.
Padeceram não só gritos,
Mas silêncios,
Inclusive os omissos.
Com um baque ensurdecedor.
Bem-vindo ao admirável mundo novo,
Drogas para a apatia,
Drogas para o amor.
Para assegurar os seus instintos,
Exclusivas aos mais primitivos,
Para ignorar o sentimento,
Para rejeitar a dor.
E então ele
Sozinho
Se agachou,
Gemeu,
Fraquejou.
Engoliu o grito,
Seu sussurro rouco,
E amansou sua dor.
O mesmo céu,
Que um dia convicto
Ele sonhando mirou,
Testemunhou
Com garras e gritos
O reerguer, o ardor,
O renascer de uma flor.