A queda e a flor

Tropeçou no ego.

O mesmo no qual cresceu.

Tal qual floresceu,

Se calou,

Padeceu.

Padeceram não só gritos,

Mas silêncios,

Inclusive os omissos.

Com um baque ensurdecedor.

Bem-vindo ao admirável mundo novo,

Drogas para a apatia,

Drogas para o amor.

Para assegurar os seus instintos,

Exclusivas aos mais primitivos,

Para ignorar o sentimento,

Para rejeitar a dor.

E então ele

Sozinho

Se agachou,

Gemeu,

Fraquejou.

Engoliu o grito,

Seu sussurro rouco,

E amansou sua dor.

O mesmo céu,

Que um dia convicto

Ele sonhando mirou,

Testemunhou

Com garras e gritos

O reerguer, o ardor,

O renascer de uma flor.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 13/10/2008
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