Procura

Ao mar as velas

Se contorcendo em aquarelas

Entre carícias de procelas

E um principe revôlto

Na paz das ventanias

Eu, revestido em bôlhas

A esconder-se em mim.

Quem foi que me escolheu

Quem foi que me gerou

Assim, pra confusão?

No corredor incerto do cais

Da minha solidão?

Ao mar os sonhos

Pra navegar sereias

E ir ao fim do mundo

Ao fim e mais alem

E muito alem do fim

O começo inesperado

Da alma da mulher!