Flamboyant

Era aquele Flamboyant o caminho
o percurso que me absolvia
que me levava ou meu ninho
e me deixava em plena sintonia.

Era em seus galhos que eu subia
ia para os telhados de casa
e de tudo e todos me escondia
criando na imaginação minhas asas.

Eu gostava de ficar solitário
de pensar na vida e filosofar
pois ali inexistiam adversários
e eu podia escrever e versar.

Assim vivi parte da infância
nos galhos da árvore maravilhosa
jamais precisava de qualquer constância
apenas me entregar ao verso e à prosa.