SONHAR
O ser humano, às vezes, em segredo,
Procura se esconder de todo mundo.
Sobe aos confins do espaço e sente medo,
Descendo ao abissal do mar profundo.
Lá onde a calmaria envolve tudo
O silêncio eternal é sem futuro,
Sente-se protegido e macanudo,
Rei de um reinado incógnito e seguro.
Mas, é obrigado logo retornar
- Corpos estranhos são tais rejeitados –.
O ser humano a terra vai voltar...
E serão, os seus sonhos, deletados.
Sobe à tona, ao seu mundo volta, e deixa
Um pouquinho de si no louco sonho,
Para viver sem dores e sem queixa,
Neste mundo melhor e tão risonho.
Um sonho realizado na cabeça
Silenciosa e emotiva de um poeta.
E, depois, que descanse e se abasteça
E volte aos sonhos... Eis a sua meta!