Sob Os Sóis

Eu mergulho em teus braços

Como quem vislumbra um abismo sombrio

E sacrifica a vida em vivê-la

Sob sete palmos de decepção

Contemplo as lágrimas de um temporal

Em que lavei a tua língua castrada

E a mesclei no conforto

De uma alma demasiadamente injuriada

Uma alma infantil...

Quando este é o número de minha dor

Que me amputa os anos que restam

Como se cortam as raízes apodrecidas

Sob os sóis, que, dia após dia, castigam-me em sede.

Éden
Enviado por Éden em 12/10/2008
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T1224339