Sob Os Sóis
Eu mergulho em teus braços
Como quem vislumbra um abismo sombrio
E sacrifica a vida em vivê-la
Sob sete palmos de decepção
Contemplo as lágrimas de um temporal
Em que lavei a tua língua castrada
E a mesclei no conforto
De uma alma demasiadamente injuriada
Uma alma infantil...
Quando este é o número de minha dor
Que me amputa os anos que restam
Como se cortam as raízes apodrecidas
Sob os sóis, que, dia após dia, castigam-me em sede.