O foco de luz
Lembro bem naquela madrugada
Quando estive fraco
A longa noite de escritas cegas
De temores e recordações
Pensei jamais superar minhas dores
Que nunca sairia do escuro quarto amedrontador.
Cochilei sentado no recanto
Quando despertei
Um reflexo de luz no finalzinho da janela.
Pensei que lá luz nunca iria penetrar
Ao ver os arredores coloridos do quarto
Descansei o preto-amarelo da abelha que partiu.
No dia seguinte a janela abriu por si
E livre as paisagem ao amanhecer do sol
Dos pássaros que cantarolavam ainda em suas gaiolas
Maravilhoso o olhar da garota meiga
Tirou do escuro o forte homem que não mais agüenta o contrate.