Crédulo

Tu que és crédulo...

Vende-me tuas mentiras!

Oh, sim! Interesso-me por elas

Eu tenho enorme admiração pelo ocaso

Se eu subo, é para alguma vez poder declinar

Ocaso, decadência, declínio

Faço-te a melhor oferta por tua ruína...

Tu que nunca foi santo...

Barganha tuas mentiras!

Preocupa-te depois em confessar-te ao padre

Pois não tens motivo para insuflar teu ego

Ou enganar os miseráveis de espírito

Já eu, forjo flores durante o crepúsculo

E é minha única satisfação...

Vende-me, vende-me tuas mentiras!

Afinal...

Se és crédulo, não és santo

Se não és santo, elas não te interessam.

Éden
Enviado por Éden em 11/10/2008
Reeditado em 11/10/2008
Código do texto: T1223279