Crédulo
Tu que és crédulo...
Vende-me tuas mentiras!
Oh, sim! Interesso-me por elas
Eu tenho enorme admiração pelo ocaso
Se eu subo, é para alguma vez poder declinar
Ocaso, decadência, declínio
Faço-te a melhor oferta por tua ruína...
Tu que nunca foi santo...
Barganha tuas mentiras!
Preocupa-te depois em confessar-te ao padre
Pois não tens motivo para insuflar teu ego
Ou enganar os miseráveis de espírito
Já eu, forjo flores durante o crepúsculo
E é minha única satisfação...
Vende-me, vende-me tuas mentiras!
Afinal...
Se és crédulo, não és santo
Se não és santo, elas não te interessam.