Aos Nobres
As estruturas aboliram a ruptura.
Os moralistas se firmam como artistas.
Os dualistas ainda se julgam nobres.
Numa cama de moral envaidecida.
Onde transam no escuro por um buraco no lençol.
Nobres reféns de sua própria tortura.
Chicoteados por verdades idealistas.
Com moral de tacho de cobre.
Transbordando a sobriedade entristecida.
Nobres tolos cheios de luz como fogo em paiol.
Os que arregalam os olhos em loucura.
Em indiferença a todos esses “...istas”.
Divertem-se com o novo entre os pobres.
Transam sob a luz do luar entorpecida .
Rolam nus pela grama; sem pudor e sem lençol.