Entre a Cruz e a Espada

Peito ferido,

Corpo abalado.

Rosto perdido,

Sorriso apagado.

Mãos tão marcadas,

Coração fraco.

Braço às amarras,

Sentimento em pedaço.

Mente indecisa,

Caminhos tortos.

Febre farsista

E olhares mortos.

Expresso o cansaço

De correr tanto;

Deixando os rastros

A rolar com o pranto.

Indecisões demais,

Peito dividido.

Por te amar demais

Acabei ferido.

Se estava a cair,

Nunca notei.

Muitas vezes eu ri

E outras tantas chorei.

Tanto sentimento

Aos casos sérios

A todo momento,

Tantos mistérios.

Tudo me levou

Em torno à encruzilhada.

Aqui de novo estou

Ao pó da estada.

Por toda a minha vida

Atitudes erradas;

O que julgar de velhas dívidas

Consumadas, pré-datadas.

E assim vou morrendo

Sem sequer optar por nada,

Após um tempo vivendo

Entre a cruz e a espada.

Bento Verissimo
Enviado por Bento Verissimo em 11/10/2008
Código do texto: T1223033
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