Entre a Cruz e a Espada
Peito ferido,
Corpo abalado.
Rosto perdido,
Sorriso apagado.
Mãos tão marcadas,
Coração fraco.
Braço às amarras,
Sentimento em pedaço.
Mente indecisa,
Caminhos tortos.
Febre farsista
E olhares mortos.
Expresso o cansaço
De correr tanto;
Deixando os rastros
A rolar com o pranto.
Indecisões demais,
Peito dividido.
Por te amar demais
Acabei ferido.
Se estava a cair,
Nunca notei.
Muitas vezes eu ri
E outras tantas chorei.
Tanto sentimento
Aos casos sérios
A todo momento,
Tantos mistérios.
Tudo me levou
Em torno à encruzilhada.
Aqui de novo estou
Ao pó da estada.
Por toda a minha vida
Atitudes erradas;
O que julgar de velhas dívidas
Consumadas, pré-datadas.
E assim vou morrendo
Sem sequer optar por nada,
Após um tempo vivendo
Entre a cruz e a espada.