vermes

dentro da carne

apodrece vermes

seu mal cheiro não

faz sentir quem

passa. A matéria

entupida aos poros

de sujeira e morte;

até o instante da

dissipação,

conserva-se

submerso

entre aqueles

que perseveram

na burrice, no pó e

no mal costume, que

em uníssono no

ronco e choro,

orquestram na aurora,

momento mais sublime,

lamentações pelas

orelhas, os equívocos

de sentir.

Nesse mar de estilhaços

onde tudo fica, corta e

sangra - cantam, trocam

injúrias, compartilham

afagos - nem que

não seja ardente.

O contato molhado,

que fixa na pele: fios

de cabelo e restos

de unhas. O grotesco

revelado através da

comunicação ancestral.

Por um instante se

apartar.

deitar ao contato do

barro, voltar a

origem da matéria,

e sentir ser corroído,

deteriorado numa

clara manhã.

Douglaz K
Enviado por Douglaz K em 11/10/2008
Reeditado em 10/07/2012
Código do texto: T1222310
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