Um poeta em extinção
Sou poeta deste Universo...
Rico em beleza natural...
Garimpo e componho meus versos
No verde das matas sem igual...
No som que vem das cascatas
Com o cantarolar dos rios.
No gorjear dos passarinhos...
No vôo livre do beija-flor
Na vida simples dos ribeirinhos.
Nas flores campesinas
No alaranjado do pôr-do-sol...
Mas sinto que os meus versos...
Estão chorando assustados...
Parece que o pôr-do-sol,
E toda a biodiversidade
Estão sendo ameaçados...
Os peixes estão morrendo...
Com tanta poluição...
Os rios estão lutando para sobreviver.
O desmatamento e a falta de consciência
Estão matando a fauna e a flora.
Os meus versos não têm como nascer
E eu? O que faço agora?
Estou agonizando quase morrendo...
Não por falta de inspiração...
Mas quase um poeta em extinção...
Contaminaram o ar,
O tal dos aerossóis...
Da minha janela já não vejo os girassóis,
Estou me sentindo mal...
Tenho medo desta roda...
Do aquecimento Global.