Um poeta em extinção

Sou poeta deste Universo...

Rico em beleza natural...

Garimpo e componho meus versos

No verde das matas sem igual...

No som que vem das cascatas

Com o cantarolar dos rios.

No gorjear dos passarinhos...

No vôo livre do beija-flor

Na vida simples dos ribeirinhos.

Nas flores campesinas

No alaranjado do pôr-do-sol...

Mas sinto que os meus versos...

Estão chorando assustados...

Parece que o pôr-do-sol,

E toda a biodiversidade

Estão sendo ameaçados...

Os peixes estão morrendo...

Com tanta poluição...

Os rios estão lutando para sobreviver.

O desmatamento e a falta de consciência

Estão matando a fauna e a flora.

Os meus versos não têm como nascer

E eu? O que faço agora?

Estou agonizando quase morrendo...

Não por falta de inspiração...

Mas quase um poeta em extinção...

Contaminaram o ar,

O tal dos aerossóis...

Da minha janela já não vejo os girassóis,

Estou me sentindo mal...

Tenho medo desta roda...

Do aquecimento Global.

SILVIA TREVISANI
Enviado por SILVIA TREVISANI em 10/10/2008
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T1221052
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