Trajetória de almas
Fui talvez noutra vida
O olhar que te perturbava
A canção consumida
Pela mão que te faltava
Fui talvez um dia triste
E o caminho nebuloso
Fui a lágrima que sentiste
O coração doloroso
E vim cá neste mundo
Ser teu amparo de veludo
Refazer-me dos defeitos
Redimir-me dos maus feitos
Trouxe o dia que te acalma
Trouxe o sol para tua alma
Dei-te a água que te lava
Dei-te o lenço que te salva
Sou a voz que oferece
A música que te apetece
Sou a luz que alumia
Os olhos da tua alegria
Ainda assim me ignoras
Acaso sabe a tua memória?
Acaso lembras o pesar das horas
O que te fiz noutra trajetória?
Às vezes esqueço o passado
Pois corre rápido nosso horário
E se tudo parece contrário
Por que sempre estou ao teu lado?
Quero ainda nesta procissão
Ser tua rosa numa noite de verão
Pois se um dia eu fui tua perdição
Hoje serei a lua da tua salvação
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Poesia do meu primeiro Livro intitulado ALMAS BRANCAS.
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almasbrancas.drikaduarte@gmail.com
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