Ofício Inevitável

Durante o sono, certa noite, eu disse :

O descanso é proporcional à labuta

No entanto, minha própria voz me contradisse

Uma vez que, apesar de meu passeio onírico

Eu vim aqui exercer meu ofício

este, por sinal, é totalmente incógnito

pois cabe ao amanhã reconhecer no que faço

toda a poesia que pretendo

A espera não elucida o mistério

e segue anexo o máximo possível:

A vida do poeta não é nada

é a florida cerca farpada que inicia a manhã

J Souza
Enviado por J Souza em 08/10/2008
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