Desesperança 



Ela se rende ao apelo solitário
De quem passou a vida inteira a esnobar
Nem um momento pequeno, imaginário
Se viu despida, de repente, naquele olhar.

Não se convence, ainda, daquela vontade
Pra’quele interesse novo, nem se voltou
Não apostava que aquilo era de verdade
Soberanamente se protegendo ali ficou.

Nenhum manifesto foi feito em clamor
Só confirmou a crua e dura desconfiança
Inquietação sofrida, mas longe de ser amor
Felicidade, em não ficar nem má lembrança.
Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 08/10/2008
Código do texto: T1218477
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