I é a vida.
Ele tem um balanço no corpo, minha perdição,
Olhos convidativos, a dizer serem minha salvação.
Mãos divinas, toques macios, fortes,
Voz de deus a conduzir meu tesão, paixão.
Provoca meus instintos, excita minha loucura
E não hesita em roubar meus gemidos,
Gritos e beijos na nuca, nua em suor.
Quando cala fala de minhas taras,
Destila meus desejos, afina com requinte
O sabor do amor desmedido.
Abre-me nova poesia,
Classifica letras,
Neologismo averiguado na carne.
Inventa poses, sorri em minhas pernas,
Lava-me, nova língua recria.
Suga-me em versos, entorna-me vadia canção.
Quando penso pele venero a lembrança
De suas viagens em meu corpo
A anunciar a boa nova de hoje:
Sinal aberto!