7 anos

Minha carne trêmula, cansada,

Já não suporta as vestes, tampouco a brisa leve da manhã de primavera

Meus olhos marcados não avistam nem vultos na penumbra da noite

Ah! Meus lábios...

tíbios, estéreis, sem nenhum ardor,

mal conseguem repousar um sobre o outro.

Balbucio gemidos, urros e nenhuma palavra conhecida pelos homens

Que a vida me traga o final!

Que não haja nenhum só sopro de vida em minhas narinas

Que este corpo não transmita nenhum calor

Que o alívio!

Chegue dócil...

Inca – 31/01/08.