Emboscada
O gosto de tua malícia de menina
Mordendo o sorriso
De timidez falseada,
De pele alva,
Encosta-me de encontro à parede
E me põe sem saída.
A espera é infinita,
Quase sufocante,
Ante a ausência da tua presença,
Ante o entardecer sem mar,
Ante a solidão complacente
Das pedras molhadas,
Deitadas sob as insistentes ondas,
Que teimam em alcançá-las.