Copos
Em que posso me firmar
Se não sinto meu corpo
E sou parte desta meia garrafa de rum
E de um frasco de solidão
Que outrora se quebraram
Em centenas de velhas lembranças...?
Lembranças tristes, imóveis, inertes
Que expressam talvez, alguma natureza da dor
E de um Deus que se esconde pela chuva
E de cujos joelhos sangram
Sob a calmaria de um lago
Um lago de mágoas e decepção...
Quando é a margem que comove
E o tédio o que desperta o fascínio.