Copos

Em que posso me firmar

Se não sinto meu corpo

E sou parte desta meia garrafa de rum

E de um frasco de solidão

Que outrora se quebraram

Em centenas de velhas lembranças...?

Lembranças tristes, imóveis, inertes

Que expressam talvez, alguma natureza da dor

E de um Deus que se esconde pela chuva

E de cujos joelhos sangram

Sob a calmaria de um lago

Um lago de mágoas e decepção...

Quando é a margem que comove

E o tédio o que desperta o fascínio.

Éden
Enviado por Éden em 07/10/2008
Reeditado em 07/10/2008
Código do texto: T1216089