Chocalho
Ah, mas sou tão pobre de luz
Que me guardo em rebanho
Sou veneração a qualquer alma
Que se faça meu bom pastor
Sou assim de conhecer vento e Sol
Dou-me à mão das estações
E me largo ao fundo das planícies
Como o ruído ao chocalho
Sou crédulo por sentir tanto frio
Frio ao dormir, frio ao acordar
Empresto-me a qualquer realidade
Que faça-me de nada à encanto.