O DIA
O Dia nasce muito cedo
É saudado pela alvorada
Enfrenta o destino sem medo
Num ciclo de curta jornada
Mama nas tetas da manhã
Com a tarde acasala em prece
Definha com a noite anciã
Nasce, envelhece e falece
Às vezes derrama lágrimas
De chuva fraca ou tempestade
Trovões são broncas legítimas
Raios, prova de potestade
O sol, do dia, grande amigo
De manhã e à tarde, brilha
Brinca às vezes estar escondido
Entre as nuvens que pontilha
Um dia bom ou um dia ruim
Pura arte em obra prima
Feito a lápis ou a nanquim
É presente de luz divina