A SORVETERIA
Te levei para tomar um sorvete
E entramos numa fria
Não só por que derretia
Ao calor do meio-dia
Mas pela maldade
Que já nascia
De quem nos via
E quando saímos
Pela via
Já não mais havia
Mais luz daquele dia
Muita gente já ia
O meio-dia se contradizia
Já era meia-noite: outro dia
As vias
Já vazias
O barulho
Já jazia
E a sorveteria
Já dormia