Deserdada

Louca, louca e como sofro!

A dor da indulgente desgraçada

A dor de uma megera deserdada

De uma mente insana inconformada

Eu tinha em pote o ouro afortunado

Tinha a flecha esperta presa ao peito

Doces pétalas perfumando o leito

Qu'em abundância viva, era estreito.

Mas hoje só o assola a mágoa escura

Hoje, ai, hoje é só de pranto

O pranto que em delongas se perdura.

Pois se antes tinha eu a vida flora

Sozinha destruí a todo encanto

E agora a minha alma se deplora.

Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 04/10/2008
Reeditado em 05/10/2008
Código do texto: T1210697
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