Esperança

céu

inexplicável Sol chovendo pipas

talhando o vento de linhas e cores

transgredindo espaços

rio

desaguando sonhos

poetas remando ricas rimas

salivando doces amores

mar

velas atadas ao cais. Antes, à deriva,

esparramaram esperas de quem nunca partiu

nem chegou, nem existiu

eu

cabelos soltos, pernas estendidas

à espera da liga que me ate

ao sonho, esse fugitivo.