Honestamente
Honestamente, o medo da noite
Não me toma mais.
Suas chamas aquecem os temores
De ouvir o grito de dor do silêncio
A escuridão esconde o vazio
Que há ao redor
Leva embora a luz do Sol
Que queima minhas vontades
As queima até virarem pó
Levadas nos assobios do vento
Honestamente, eu não sei o que acontece comigo
Parece ser tarde demais
E as tempestades de ternura
Abandonaram o caminho
E o frio congela o veneno dos meus olhos
Destroi todos os sortilégios
Qualquer tipo de artifício
Faça bem ou faça mal
Seja à mim
Ou seja à noite
Honestamente, eu penso que estou morrendo
Caminhando para um fim
Da noite ou de mim
Parados em frente a dama-morte
Chamas e poeira cegam os sonhos
Rompem o silêncio
Devaneiam o medo
E nos guiam
Caminhando para um fim
Da noite ou de mim