Honestamente

Honestamente, o medo da noite

Não me toma mais.

Suas chamas aquecem os temores

De ouvir o grito de dor do silêncio

A escuridão esconde o vazio

Que há ao redor

Leva embora a luz do Sol

Que queima minhas vontades

As queima até virarem pó

Levadas nos assobios do vento

Honestamente, eu não sei o que acontece comigo

Parece ser tarde demais

E as tempestades de ternura

Abandonaram o caminho

E o frio congela o veneno dos meus olhos

Destroi todos os sortilégios

Qualquer tipo de artifício

Faça bem ou faça mal

Seja à mim

Ou seja à noite

Honestamente, eu penso que estou morrendo

Caminhando para um fim

Da noite ou de mim

Parados em frente a dama-morte

Chamas e poeira cegam os sonhos

Rompem o silêncio

Devaneiam o medo

E nos guiam

Caminhando para um fim

Da noite ou de mim

Arthur Dantas
Enviado por Arthur Dantas em 03/10/2008
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