TALENTO PARA CRIAR O QUE PRECISO
Por que suplicas para me entender?
Se sempre estou na sua frente.
Mesmo quando me tratavas diferente
Nunca fui algo que não pudesses perceber.
Será que posso atender ao pedido
Do teu último verso?
Estaremos então perdidos
Imitamos o inconcebível: confesso.
Queria mesmo é a conquista
Do que chamas de perfeita criação
Não sou senhor, poeta ou artista
Limito-me a uma caneta na mão
Como o Sol que se põe e opõe à noite
De paradoxo utilizo
Transformando tuas dúvidas em açoites
Colocando luz na escuridão do teu juízo
Não supliques mais para me decifrar
Faça como a brisa leve ao dispersar
Sinta o toque na mão e solte um sorriso
Assim terei talento para criar o que preciso