Alma do homem - revisitada
Nos dias em que choram as nuvens,
Na avidez, a terra trêmula se farta.
Nos dias de sofreguidão dos homens
Impassíveis, a dor da alma enfada.
Água, bebida da gente, pura vida,
Dádiva a escorrer pelas correntes,
Sua ausência pode nos ser sofrida,
Como às almas ávidas, são dementes.
A natureza é um quadro em harmonia,
De paisagens cercadas de propósito,
E o homem, e a alma na monotonia,
São figuras dissimuladas em depósito.
Quantas penas do frustrado saber,
Que os falsos deuses de enganos,
Forçam-nos a conviver, sem perceber,
Nos sacrifícios, em altares profanos.
Se à alma, o homem dedicasse valor,
Minimizaria seus infusos medos,
Não sentiria o torpor, nem o calor,
Ao vê-la fruir, inerte, pelos dedos.
Em todo homem, o corpo se prende
Ao espírito. Quer dominar o mundo,
Mas nas vezes que a vida o surpreende,
Aflito, mergulha em sono profundo.
Implícita e torva sujeição dos seres,
Reflexos das sombras nos caminhos,
Muitos dos que se acham perenes,
São incertos morcegos nos ninhos.
A água e a terra irmanadas,
Vestígios, pelo criador deixados,
Nas almas dos homens são derramadas,
Graças aos corações apaixonados.
As águas do rio humano ao mar da alma
Deve se integrar. Como toda a natureza
Logra desde o princípio, de eterna calma,
O coração humano logre do oceano da pureza.
Lembra-te, homem! Que és parte de um todo,
Livra a ti e tua alma, da medíocre vida de lodo.
Nos dias em que choram as nuvens,
Na avidez, a terra trêmula se farta.
Nos dias de sofreguidão dos homens
Impassíveis, a dor da alma enfada.
Água, bebida da gente, pura vida,
Dádiva a escorrer pelas correntes,
Sua ausência pode nos ser sofrida,
Como às almas ávidas, são dementes.
A natureza é um quadro em harmonia,
De paisagens cercadas de propósito,
E o homem, e a alma na monotonia,
São figuras dissimuladas em depósito.
Quantas penas do frustrado saber,
Que os falsos deuses de enganos,
Forçam-nos a conviver, sem perceber,
Nos sacrifícios, em altares profanos.
Se à alma, o homem dedicasse valor,
Minimizaria seus infusos medos,
Não sentiria o torpor, nem o calor,
Ao vê-la fruir, inerte, pelos dedos.
Em todo homem, o corpo se prende
Ao espírito. Quer dominar o mundo,
Mas nas vezes que a vida o surpreende,
Aflito, mergulha em sono profundo.
Implícita e torva sujeição dos seres,
Reflexos das sombras nos caminhos,
Muitos dos que se acham perenes,
São incertos morcegos nos ninhos.
A água e a terra irmanadas,
Vestígios, pelo criador deixados,
Nas almas dos homens são derramadas,
Graças aos corações apaixonados.
As águas do rio humano ao mar da alma
Deve se integrar. Como toda a natureza
Logra desde o princípio, de eterna calma,
O coração humano logre do oceano da pureza.
Lembra-te, homem! Que és parte de um todo,
Livra a ti e tua alma, da medíocre vida de lodo.