Tarde

No quadro do céu

o sol irradia a cor púrpura

de uma ternura plácida

da breve aurora borrada.

No remanso do seu leito

O mar aconchega o sol,

Que chega risonho

E mergulha num chiado

intrometendo-se entre águas remotas

Cheias de monstros e segredos,

Cheias de sereias,

Cheias de medo.

Alaranjam-se as nuvens

A pincelarem cores avermelhadas,

que arranham e lavam com sangue

a tela que se exibe sorridente,

E que se assenta num quadro perfeito

diferente a cada dia,

É quando a noite faz-se ausente.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 02/10/2008
Código do texto: T1207244
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