Ruínas de Sonhos
Sobraram passos perdidos
pelos caminhos mal percorridos,
entes errantes que fomos
e hoje nos temos esquecidos.
Restaram calçadas de abandono
às margens dos descaminhos
a que antes nos propomos,
mentes errantes que somos.
Perderam-se horizontes infindos,
tão lindos e tão fictícios,
nas mentes doentes dos gnomos
que nos plantaram edifícios,
lotados de artifícios
e despidos de querer.
São ruínas de sonhos
que entulham nossa memória,
escombros a nos dizer
que a história não se deve guardar,
apenas se viver.