Espelho
Dentro do espelho
É território emoldurado de almas
A projetarem sombras de solidão
Sob o escaldante sol do meio-dia.
A parede escora muitos rostos
E os empurra de manhã,
Antes do café amargo,
Ao meu encontro;
Onde os sobreponho
à minha carcaça
Fingindo à minha desgraça
Que a lágrima é de alegria
E não de agonia.