Espelho

Dentro do espelho

É território emoldurado de almas

A projetarem sombras de solidão

Sob o escaldante sol do meio-dia.

A parede escora muitos rostos

E os empurra de manhã,

Antes do café amargo,

Ao meu encontro;

Onde os sobreponho

à minha carcaça

Fingindo à minha desgraça

Que a lágrima é de alegria

E não de agonia.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 01/10/2008
Código do texto: T1206607
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