Eros e Psiquê (fragmento)
A morcegar, a moça pensa, fada:
“O amor é cego, zote quem quer ver.”
A língua lambe, lúbrica, em lazer
Sem fé, lação que muda amor em nada.
O moço, órgio, diz, sussurra: “Sei-o,
O júbilo é só isso.” E diz: “Vá, Gina!”
“Eu acabei, jogral, mas não termina
A noite, o coito afoito neste enleio.”
“Não penes”, admoesta Gina a André,
“Para sorvemos o copo lascivo.
Que o regozijo cumpras. Herdas, vivo,
Original pecado. Fá-lo em pé.”
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