Lapsos
Ao voar, em noites dormidas,
quase do corpo liberta,
pela imensidão do espaço inconsciente,
por onde minha alma, repleta
de sonhos e marcas de vida,
seguirá perdida?
Em que portos, em que peitos,
encontrará guarida?
Onde irá morar minha alma
nos lapsos de minha memória?
Ah! se as imagens floridas
na mente adormecida,
dessem a pista de uma história,
sonegada aos meus sentidos...
E fosse essa bem mais doce
que a dos dias, tão sofridos!