Há um medo...

Há um medo

Nas garras do tempo

A pequena corça,

Se esconde, entre os arbustos

Para fugir ao seu predador

Como o besouro, se muta

À folha, no mesmo intento.

Cria razão na força

Do tempo, sem tempo, devastado

Para pequenas alegrias

Se furta, num rasgo amargo

De um tremor-seiva,

Que escorre sorradio

Para as entranhas de quarto-gaveta

Não é permitido vôos.

A permanência sufoca

Este ar-vida, vida.

Tens no medo da solidão, seu não-medo.

A porta é a melhor saída.

Um não vida

Na calada, rompe na noite, seu silêncio

Tanto quanto meu tremor primeiro.

O ato já perdeu a sua força.

Falta o cheiro, aroma divino,

Sustento de quase toda junção.

Falta o brilho, luz-olhar,

Que brinda a cara, o coração.

Já não há toque.

Preso aos olhos, tantos receios,

Não se misturam, poucas alegrias.

Emoção esquecida,

Sente a falta da batida acelerada.

Não há o que chorar.

A escolha, vem e veio,

Amenizar todas as tensões

Tesão reprimido

Ora dirás, e porque?

Cara amiga,

Pois assim foi previsto

Pois assim, por quanto dure...,

Será.

O ciclo da vida permite ver cada passo adiante, olhando para o passado.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 19/04/2005
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