PENSARES

Num esplendor infinito

Sobrara pelo convés

Aquela chuva miúda

Vinda do crespo do mar

Espuma de que se reveste

Indefinido espanto

Momento eternizado

Que só percebe a criança

O horizonte é muito longe

Não se alcança

De olhar tão próximo

E nem distante e despido

Que esse enxergar apertado

Onde inexiste o passado

Lá no futuro nascido

É totalmente esquecido

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 08/03/2006
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