PENSARES
Num esplendor infinito
Sobrara pelo convés
Aquela chuva miúda
Vinda do crespo do mar
Espuma de que se reveste
Indefinido espanto
Momento eternizado
Que só percebe a criança
O horizonte é muito longe
Não se alcança
De olhar tão próximo
E nem distante e despido
Que esse enxergar apertado
Onde inexiste o passado
Lá no futuro nascido
É totalmente esquecido