SÍLFIDE
A vida cobra pedágio
Para uns, sem juros
Para outros, com ágio
E, por mais caro que seja o passe,
A cada um é dado o direito de regresso
Ao lar paterno do Senhor da messe.
Este é o preço da vida e da morte,
Do azar e da sorte, do amor
Que com amor se paga:
"A mão que bate é mesma que afaga"
"A boca que cospe é a mesma que beija"
Ao Ciro e aos Anjos, minha alma se queixa:
Cadê a mão que à minha afaga?
A boca que à minha beija?
Cadê minha Sílfide, minha gueixa?