Revolução
Revolucionei as minhas concepções
Nessa mutação transformei-me
Abdiquei da tristeza para
ser tomada pela jovialidade
Cansei-me das desesperanças
Das perdas e decepções
Das mudas que a emoção
tudo em mim devastava
renunciei a esbanjamentos
esvaziei devoções inúteis
ardores dos meus abrasamentos
dos meus desvarios e terríveis querenças
criei lugares onde arrumei o inútil
espaços de pouca serventia
cerquei-me de aguas cristalinas
fontes e nascentes de amor e sabedoria
renovei tudo o que dentro de mim envelhecia
por momentos julguei-me louca
tomada de arrebatamentos exagerados
abdicando do que tinha sido habitual
e revolucionei toda a minha existência
fiquei apenas com a saudade
e a minha musa, querida companhia.
Que seria de mim? revolucionária e sem poesia....
há não! Essas fazem parte de mim e das minhas certezas.
De tta
Setembro 2008