Poema Psicodélico
Poema Psicodélico
Luzes Saturadas de Diodo!
Visão epizoótica!
Hoje irei escrever em branco sobre branco,
Usarei somente o branco,
E beberei apenas bebidas brancas...
O Significado secreto das coisas...
Eu vi os expoentes da minha geração
Destruídos pela loucura!
Um monstro múltiplo de um milhão de olhos
Está escondido em todos os seus elefantes
E numa enorme teia de aranha...
O Céu e suas maravilhas e o Inferno;
Depois desse tempo, no lugar em que vi tantos mistérios,
Fui levado por um turbilhão
E carregado para o Ocidente.
Lá meus olhos perceberam os segredos do céu
E os da terra...
Guiado por teu perfume, ó musa, às paragens mais belas,
Vejo um porto numa ilha preguiçosa, molenga e sem dono...
Um dia na vida tocarei na banda do maestro Pimenta!
Isto não é um poema nem um cachimbo,
É uma gargalhada de safira na ilha de Ceilão,
Um salto no vácuo...
Os raios ultravioletas terminaram sua tarefa:
O primeiro poema branco que, por acaso, será vermelho...
Luzes Saturadas de Diodo!