O SONHO DE VIVIANE.

Ouvi sons

Que viam do quarto

Gemidos sussurados

Entrei suavemente

E vi

Seu corpo nu

Uma sinuosidade felina

Adormecida

Eram suspiros

De um sonho de mulher

Arfava

Arranhando o travesseiro

Num braseiro sem fim

Seus cabelos negros

Soltos em seu dorso

Colosso de mulher

Pernas roliças

Num acabamento perfeito

De escultura humana

Profana?

Deixe estar os conceitos

E no leito

Um som mais grave se fez

Já acordada e por mim invadida

Meio bandida

E louca

Me dando prazer

Já agora quem uivava era eu

Plebeu diante de sua Rainha

Na rinha

Do amor ensandecido

Na loucura de bocas e mãos

Que se procuram e logo se perdem

No banquete febril

Até que um jato quente

Mais ardente que nós

Se fez...

Desfalecendo os dois

Num recomeçar outra vez.

Um presente com carinho para Viviane Abreu.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 08/03/2006
Código do texto: T120274