NA MESA DO BAR
É meu irmão, avisa lá em casa que eu sou mesmo um bamba
Vou estar em algum bar, na companhia de um ébrio
Falando de amor, tocando um violão e assoviando um samba
Um choro, uma bossa nova - em dor, amor e mistérios
Uma cerveja gelada e um balcão, o luiz e o Charles vão estar lá
Blusa branca e chapéu na cabeça do Zé e na mão um surdo
Um batuque na mesa, um fósforo, e tira gosto pra acompanhar
Nossa conversa diária e cotidiana – de nada e de tudo
É ...Mais a noite por mais que insista em durar, ela sempre acaba
E não há boemia que resista a seu fim, e um ébrio também humano é
Mas a noite volta outra vez, e não há boemia que acabe as cervejas geladas
E não há amor que chegue, não há dor que arreie, não há samba, não há
Não há chorinho, nem choro que baste pra minha solidão acalmar
Que todo dia se cria e reside na boemia e na mesa do bar