Sombra mórbida

A sombra se perdeu na luz do teu olhar.

Minhas trevas entrevadas buscando o meu buscar

Pelas longas vinhetas, na Galheta

Ou quem sabe no labirinto do pecado

Aposentado por falta do que fazer.

Vou buscando a sombra morta

Torta da vida cumprida

Ou encurtar a sombra do meu ser

Que fugiu para a neblina obscura

Para não ver o descaso do meu atraso na contra-mão

Contraversão na adesão daquilo que não quero ver.

Para onde se esquivou minha escuridão?

Senão no ser perdido...

Esquecido no semblante do meu ser caótico

Catódico linear, pulsar solitário nas galáxias

E as vezes até penso em não ser

Por não haver uma sombra de eternidade

Que desperte outra vez a minha lucidez!